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quarta-feira, 29 de junho de 2011

O tempo passa rápido demais

Uma tarde, o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?

E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco... Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio, comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contato e pílula anticoncepcional.
Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on line.
Não se havia inventado ar-condicionado, lavadora, secadora (as roupas simplesmente secavam ao vento).
O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.
Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a sermos responsáveis pelos nossos atos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa.
Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntas.
Não se conhecia telefone sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofônica, rádios FM, fitas cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas, quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, micro-ondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes ou das filmadoras de vídeo.
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, as passagens de ônibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga quantos anos acha que tenho?

- Hiii... vovô... mais de 200!, falou o neto.

- Não, querido, somente 58. (26-07-2010)

Eu acredito nas pessoas

Especialmente naquelas em que habita algo mais que a humanidade.
Aquelas que, às vezes, a gente confunde com anjos e outras entidades divinas...
Falo daquelas pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes...
Daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser verdadeiras, que tecem elogios, agradecem e pedem desculpas com a mesma simplicidade de uma criança...
Pessoas que não precisam fazer jogos para conseguir o que buscam, porque seus desejos são realizados por suas ações e reações, não por seus caprichos...
Pessoas que fazem o bem e se protegem do mal, apenas com um sorriso, uma palavra, um beijo, um abraço, uma oração...
Pessoas que atravessam as ruas, sem medo da luz que existe nelas, caminham firmes e levantam a cabeça em momentos de puro desespero...
Pessoas que erram mais do que acertam, aprendem mais do que ensinam e vivem mais do que sonham...
Pessoas que cuidam do seu corpo, porque este os acompanhará até o fim.
Não ficam julgando gordos ou magros, negros ou brancos...
Pessoas, simplesmente pessoas, que nem sempre têm certeza de tudo, mas acreditam sempre. Transparentes, amigas, espontâneas, até mesmo ingênuas...
Prefiro acreditar em relacionamentos baseados em confiança, serenidade, humildade e sinceridade...
Prefiro acreditar naqueles encontros, que nos transmitem paz e um pouco de gratidão...
Prefiro acreditar em homens e mulheres, que reverenciam a vida com a mesma intensidade de um grande amor...
Que passam pela Terra e deixam suas marcas, suas lembranças, que deixam saudades e não apenas rastros...
Homens e mulheres que habitam o perfeito universo e a perfeita ordem nele existente...
Homens e mulheres de alma limpa e puros de coração. (
28-07-2010)

Saboreie seu café

Um grupo de ex-alunos, todos muito bem estabelecidos profissionalmente, se reuniu para visitar um antigo professor da universidade.

Em pouco tempo, a conversa girava em torno de queixas de estresse no trabalho e na vida como um todo.

Ao oferecer café aos seus convidados, o professor foi à cozinha e retornou com um grande bule e uma variedade de xícaras de porcelana, plástico, vidro, cristal; algumas simples, outras caras, outras requintadas, dizendo a todos para se servirem.

Quando todos os estudantes estavam de xícara em punho, o professor disse:
-Se vocês repararem, pegaram todas as xícaras bonitas e deixaram as simples para trás. Não está errado querer o melhor para si...mas, muitas vezes, esta é a fonte dos maiores problema!! Vocês podem ter certeza de que a xícara em si não adiciona qualidade nenhuma ao café. Na maioria das vezes, são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos bebendo. O que todos realmente queriam era o café, não as xícaras, mas escolheram, conscientemente, as melhores xícaras...

Agora, pensem nisso: a vida é o café. Empregos, dinheiro e posição social são as xícaras. Elas são apenas ferramentas para sustentar e conter a vida.

Às vezes, ao nos concentrarmos apenas na xícara, deixamos de saborear o café.

Portanto nunca deixe de saborear o seu café! (
03-08-2010)

Um pálido ponto azul

      

A mensagem de hoje é um texto do astrônomo americano Carl Segan e chama "um pálido ponto azul"... que é a Terra vista da sonda voyager que passava por saturno:

É um texto que faz a gente pensar:

A espaçonave estava bem longe de casa.
De saturno, a Terra apareceria muito pequena para a Voyager apanhar qualquer detalhe, nosso planeta seria apenas um ponto de luz, um "pixel" solitário, dificilmente distinguível de muitos outros pontos de luz que a Voyager avistaria:
Já havia sido dito por cientistas e filósofos da antiguidade que a Terra era um mero ponto de luz em um vasto cosmos circundante, mas ninguém jamais a tinha visto assim.

Então, aí está - um mosaico quadriculado estendido em um fundo pontilhado de estrelas distantes. Por causa do reflexo da luz do sol na espaçonave, a Terra parece estar apoiada em um raio de sol.

Não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem das construções sobre a superfície da Terra... nem nossas máquinas... nem nós mesmos...

Nós somos muito pequenos na escala dos mundos... humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal...

Mas aqui é nosso lar.
É aqui que estão todos que amamos...
Todo ser humano que já existiu....

A totalidade de nossas alegrias e sofrimentos, as religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, crianças, educadores... cada "superstar", cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.

A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica.
Pense nas infindáveis crueldades...
Nas tragédias...
No ódio...
Pense nos rios de sangue derramados por imperadores que, em busca de triunfo, pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma fração de um ponto.

Nossas ilusões de que temos uma posição privilegiada no Universo, é desafiada por esse pálido ponto de luz.

Nosso planeta é um espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica.

Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não há nenhum indício que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nos mesmos.
A Terra é o único mundo conhecido até agora que sustenta vida.
Por isso talvez não haja melhor demonstração que essa imagem distante do nosso pequeno mundo para lembrar:
A responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros e de preservar e amar o único lar que nós conhecemos... esse pálido ponto azul! (
05-08-2010)

Há tempos...

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram rápido, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.
Há eventos que marcaram e que duram para sempre:
O nascimento do filho...
A morte de alguém que a gente ama...
Uma viagem inesquecível...
Um sonho realizado....
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra "eternidade".
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.
O relógio do coração - hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Portanto não pense naquilo que não foi feito...
Curta as suas lembranças como os seus tesouros. (
19-08-2010)

Vamos deixar disso?

Não tente me provocar, a sua raiva não me aborrece, só me preocupa, porque a raiva vai adoecer você...
Não procure me ofender, eu cresci o bastante pra não ter mais dúvida sobre mim mesma.
Não me chame pra briga, que eu não vou atender.
O meu tempo é precioso e nele não cabem desavenças.
Se você não gosta de mim e quer brigar, eu entendo, mas não conte comigo.
Eu estou ocupada sendo feliz.
Se você gosta de mim e quer brigar, eu não entendo, mas aceito...
Só presta atenção pra não me magoar. Isso, sim, me entristece.
Vamos deixar disso, então.
Já briguei muito, já magoei, já ofendi...
Mas não fiquei nem um pouquinho melhor com isso.
Venho me curando da vontade de brigar, desde que aprendi a calar.
Então, se você gritar, só vai escutar o meu silêncio.
Se seguir ofendendo, eu me retiro.
Se insistir na raiva, que pena...
Só você vai sofrer.
Ok, pode dar a última palavra, ganhe a disputa!
Eu não me importo de ceder a vez.
Eu escolho viver em paz.
Vamos deixar disso, então? (
20-08-2010)

Lena Gino


Conhecimento e sabedoria

Dois discípulos procuraram um mestre para saber a diferença entre conhecimento e sabedoria. O mestre disse-lhes: "Amanhã, bem cedo, coloquem dentro dos sapatos 20 grãos de feijão, 10 em cada pé. Subam, em seguida, o monte que se encontra junto a esta aldeia, até o ponto mais elevado, com os grãos dentro dos sapatos".

No dia seguinte, os jovens discípulos começaram a subir o monte. Lá pela metade, um deles estava padecendo de grande sofrimento: seus pés estavam doloridos e ele reclamava muito. O outro subia naturalmente a montanha. Quando chegaram ao topo, um estava com o semblante marcado pela dor, o outro, sorridente. Então, o que mais sofrera durante a subida perguntou ao colega: "Como você conseguiu realizar a tarefa do mestre com alegria, enquanto para mim foi uma verdadeira tortura?" O companheiro respondeu: "Meu caro colega, ontem à noite cozinhei os 20 grãos de feijão". (23-08-2010)

Destralhe-se

"Bom dia, como está a alegria?", diz dona Francisca, minha faxineira, que acaba de chegar.

"Antes de começar, deixa eu te dar um abraço que preste", e ela me apertou.

Na matemática de dona Francisca, "quatro abraços por dia dão para sobreviver, oito ajudam a nos manter vivos, 12 fazem a vida prosperar". Falando nisso, "vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada".

Já ouviu falar em toxinas da casa?

Pois são objetos e roupas que você não gosta ou não usa, coisas feias ou quebradas, velhas cartas, plantas mortas ou doentes, recibos, jornais e revistas antigos, remédios vencidos, meias e sapatos estragados... Ufa, que peso!

"O que está fora está dentro e isso afeta a saúde", aprendi com dona Francisca.

"Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa!", ela diz, enquanto me ajuda a ‘destralhar', ou liberar as tralhas da casa.

O ‘destralhamento' é uma das formas mais rápidas de transformar a vida e pode muito bem ajudar outras terapias.

"A saúde melhora, a criatividade cresce e os relacionamentos se aprimoram", também ensina o feng shui, com a delicadeza própria das artes orientais.

Para o feng shui, é comum se sentir cansado, deprimido ou desanimado em um ambiente cheio de entulho, pois "existem fios invisíveis nos ligando àquilo que possuímos".

Outros possíveis efeitos do acúmulo e da bagunça: sentir-se desorganizado, fracassado e limitado, aumento de peso, apego ao passado...

"No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga; na entrada, restringem o fluxo da vida; empilhadas no chão, nos puxam para baixo; acima, são dores de cabeça; sob a cama, poluem o sono".

Então... Se dona Francisca falou e o feng shui concordou, nada de moleza!

"Oito horas para trabalhar, oito para descansar, oito para se cuidar!", diz a comadre.

E nada de limpar só por onde o padre passa...

Destralhe-se!!

"Acumular nos dá a sensação de permanência, apesar de a vida ser impermanente", diz a sabedoria oriental.

O Ocidente resiste a essa idéia e, assim, perde contato com o sagrado instante presente.

Dona Francisca me conta que "as frutas nascem azedas e, no pé, vão ficando docinhas com o tempo". A gente deveria de ser assim, ela diz.

"Destralhar ajuda a adocicar".

"Merecemos ter para ser", diz um mestre de feng shui. Se os sábios concordam, não sou eu que vou discordar... (24-08-2010)

Tudo o que eu preciso

Tudo o que eu preciso pra viver carrego sem ocupar as mãos.
Tudo o que eu preciso pra ser feliz não se transporta numa caixa, não se guarda numa na bolsa, nem pesa nos ombros.
Carrego comigo o que é possível pra me movimentar livre, nesse mundo tão cheio de coisas.
As coisas que eu carrego não têm peso, nem forma, nem volume.
São coisas que me alimentam sem que eu precise comer.
Que me locomovem sem que eu precise caminhar.
Que me alegram sem que eu precise comprar.
Carrego comigo a sabedoria herdada dos meus pais.
A dignidade conquistada com o meu trabalho.
As lições aprendidas na dor.
O amor dos meus afetos.
E a força da minha fé.
Com isso eu posso ir mais longe do que qualquer viajante carregado de bagagem.
Assim fica mais fácil viver e andar por aí.
Porque coisas ocupam espaços, atravancam caminhos, bloqueiam a visão.
As coisas que não cabem no coração, pesam nos braços.
Por isso eu carrego só coisas que caibam aqui, nos sonhos que eu inventei pra ser feliz. (
25-08-2010)

Texto de Lena Gino


Quando a boca cala.... o corpo fala!!!

Este alerta está colocado na porta de um espaço terapêutico.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a criança interna tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção! (
09-09-2010)

Não leve a vida tão a sério

Desculpe me intrometer na sua vida assim tão diretamente.
Não sei se é o caso de entrar nesse assunto agora mas vou tomando a liberdade de amiga pra dizer:
Será que alguém muito especial, não anda meio esquecido de sua agenda?
Sabe quem?
Essa pessoa está olhando para a tela agora.
É... Você mesmo!
Está tudo bem ou a comunicação interna anda complicada?
Você quer fazer uma coisa, faz outra?
Quer dizer algo pra alguém e acaba falando uma bobagem?
Ou, pior, quer falar de paz e...
Acaba entrando em guerra e arrumando mais problemas?
Você está dando a devida atenção para os seus sentimentos?
A vida não precisa ser levada tão a sério!!
Pegue leve com você e com os outros.
Não entre nessa de levar tudo a ferro e fogo...
Descontraia sempre que a corda estiver muito tensionada pois se arrebentar não tem mais jeito.
Ria, ria muito, ria sempre - com os amigos...
Com seu cachorro, com o que for - e principalmente ria de si mesmo.
Rir refresca a alma e lubrifica a mente.
Olhe para dentro de si e acredite:
Você é uma pessoa única e especial!
Respeite-se.
Dê valor aos seus sentimentos.
Acorde a sua confiança e a sua fé.
Como dizia Oscar Wilde:
"A vida é importante demais para ser levada tão a sério". (
14-09-2010)

A força de palavras simples...

Lendo uma prece árabe descobri a força de palavras simples...

Deus...
Ajude-me sempre a dizer a verdade na presença dos fortes e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.
A mentira é o véu negro que envolve a vida, escondendo a felicidade, a força e a fortuna.

Se me der a força, não me tire a lucidez, companheira da verdade...

Se me der prosperidade, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.

Nunca me tire a esperança....
E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E, finalmente, senhor, se eu Te esquecer, eu peço, mesmo assim, que nunca se esqueça de mim! (
16-09-2010)

O riacho e a mente


Um dia, Buda ia passando por uma floresta, era um dia quente de verão e ele estava sentindo muita sede. Disse então ao seu discípulo:

-Volta para trás. Nós passamos por um pequeno riacho apenas cinco ou seis quilômetros. Traz-me um pouco de água - leva a minha tigela. Estou sentindo-me cansado e com muita sede.

Ele já estava velho. O discípulo voltou para trás, mas quando lá chegou, tinham acabado de passar alguns carros de bois pelo riacho, enchendo-o de lama. As folhas secas, que tinham assentado no fundo, estavam agora boiando na superfície; já não era possível beber esta água - estava muito suja. Regressou de mãos vazias e explicou:

- Mestre, vai ter que esperar um pouco. Eu vou à frente. Disseram-me que uns três ou quatro quilômetros mais à frente há um grande rio. Vou lá buscar a água.

Mas Buda insistiu e pediu:

- Volta para trás e traz a água daquele riacho.

O discípulo não conseguia perceber a insistência, mas, se o mestre dizia, ele tinha que obedecer. Mesmo vendo o absurdo daquilo - tinha que voltar outra vez a andar cinco ou seis quilômetros, sabendo que a água não prestava para beber -, ele foi. E quando já ia se afastando, Buda disse-lhe:

- E não voltes para trás se a água ainda estiver suja, tu senta-te simplesmente quieto na margem. Não faças nada, não entres no riacho. Senta-te quieto na margem e observas. Mais cedo ou mais tarde a água vai ficar limpa outra vez e então podes encher a tigela e regressar.

O discípulo lá foi. Buda tinha razão: a água estava quase limpa, as folhas tinham-se ido embora, a poeira tinha assentado. Mas ainda não estava absolutamente limpa, por isso ele sentou-se na margem e ficou observando o riacho a correr, pouco e pouco, o riacho tornou-se cristalino.

Então o discípulo regressou a dançar. Ele tinha compreendido porque é que Buda estava insistindo tanto. Havia nisto uma determinada mensagem, e ele tinha compreendido a mensagem. Deu a água a Buda, agradeceu-lhe e tocou-lhe nos pés.

Buda perguntou:

- O que é que estás a fazer? Eu é que te devo agradecer por me teres trazido a água.

- Agora consigo compreender - disse o discípulo - primeiro, eu fiquei zangado; não demonstrei, mas estava zangado porque era absurdo voltar para trás. Mas agora entendo a mensagem. Era disto que eu precisava realmente neste momento. O mesmo acontece com a minha mente - ao sentar-me na margem daquele riacho, fiquei ciente de que o mesmo se passa com a minha mente. Se eu saltar para dentro do riacho, vou deixá-lo sujo outra vez. Se eu saltar para dentro da minha mente, cria-se barulho, mais problemas começam a vir de cima, para a superfície. Ao sentar-me na margem, eu aprendi a técnica. Agora vou sentar-me também ao lado da minha mente, a vê-la com toda a sujidade e problemas e folhas velhas e mágoas e feridas, memórias, desejos. Se me preocupar, vou ficar sentado na margem à espera do momento em que tudo fique limpo. (16-09-2010)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ser feliz é correr riscos

Feliz é aquele que saboreia quando come, enxerga quando olha, dorme quando deita, compreende quando reflete, aceita-se e aceita a vida como ela é.

Há quem diga que felicidade depende, antes de tudo, de bastar-se a si próprio; de não depender de ajuda, de opinião e, sobretudo, de não se deixar influenciar por ninguém.

Será mesmo? Você pode imaginar uma pessoa assim?

Lao Tzé dizia: "Grande amor, grande sofrimento; pequeno amor, pequeno sofrimento; não amor, não sofrimento".

Pode imaginar você um homem sem paixão, sem desejos? A felicidade, entendida assim, não seria apenas um engôdo, algo contra a natureza humana?

Evidentemente! Sem amor, sem paixão, que sentido teria a existência?

A felicidade é proporcional ao risco que se corre. Quem se protege contra o sofrimento, protege-se contra a felicidade.

Quem se torna invulnerável, torna sem sentido a existência.

O homem feliz aceita ser vulnerável. O homem feliz aceita depender dos outros, mesmo pondo em risco sua própria felicidade.

É a condição do amor e de todas as relações humanas, sem o que a vida não teria sentido!!! (20-09-2010)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

oportunidades únicas


Esta mensagem é de um relato do grande navegador Amir Klink:

Depois de ter realizado uma de suas expedições à Antártida, ele escreveu o seguinte no diário de bordo:

"Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. Será que até aqui existem chineses fritando pastéis? Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei pra mim mesmo: Calma, você terá muito tempo pra isso".

Daí, nos 367 dias que se seguiram, adivinhe o que aconteceu?

O fenômeno dos cristais de água doce entrando em contato com a água salgada não se repetiu.

Isso só fez provar que algumas oportunidades são únicas na vida.

É como diz o monge budista, Dalai Lama:

Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro, amanhã.

Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver!

Aproveite a semana para exercitar a sua capacidade de viver intensamente o dia de hoje! (21-09-2010)

Faça várias cirurgias plásticas...



Faça várias cirurgias plásticas:

Uma para corrigir o nariz empinado pelo orgulho e pela soberba.

Outra na correção da língua venenosa e ardilosa.

E nos lábios que demarcam sua tristeza interior.

Drenagem linfática para retirar o orgulho, a inveja e a ingratidão.

Diversos peelings profundos na culpa e no remorso.

Faça uma dermoesfoliação nas cicatrizes deixadas pela falta de perdão e pelo ódio assim como no rancor envelhecido.

Uma máscara facial para retirar as expressões de mágoas e ressentimentos, igualmente nas asperezas da insensibilidade no trato com as pessoas.

Depois complete com uma hidratação de sorriso e alegria hidrate suas mãos todos os dias com a prática da solidariedade.

Coloque lentes coloridas da paciência iluminando o seu olhar...

Realize um implante de entusiasmo e atitude positiva.

Realce o cabelo com luzes da consciência tranqüila e da paz de espírito.

Finalize com uma hidromassagem usando sais da generosidade e pétalas da tolerância que é bom para o coração e a alma.

Observação: esses ingredientes não são encontrados nas melhores lojas do ramo.

Estão dentro de você. (22-09-2010)


Sou mais você


De todos os amores por mim vividos até hoje,
o seu foi o mais intenso.
De toda a saudade,
a sua foi a mais forte.
De todos os beijos,
o seu foi o mais gostoso.
De todo calor,
o seu foi o mais ardente.
De todas as almas,
a sua foi a mais gêmea.
De toda ânsia de cometer loucuras,
a sua foi a que mais me atentou.
De todos os corpos,
o seu mais me instigou.
De todas as esperanças em amores depositadas,
o seu foi o que teve mais crédito.
De toda a vontade de ficar junto,
a vontade que me domina é a sua.
Por isso de todos os amores eternos por mim prometidos,
o seu será o único cumprido a risca. (
24-09-2010)

O que deus uniu o homem não separa


Estamos tornando nossa jornada muito dura e sofrida, pois nossas escolhas têm sido feitas na ilusão de que não somos capazes de mudanças e de novas escolhas.

Em nossa jornada perdemos a consciência de quem realmente somos e passamos a nos identificar com a ilusão do nosso ser.

Por outro lado, quando o movimento quântico menciona sobre: "mundo de possibilidades", "que somos seres ilimitados", "que somos a semelhança de Deus", assim como muitas religiões afirmavam no passado, eles estão trazendo uma nova consciência de olharmos a nós mesmos e ao mundo.

Mas se ficamos mergulhados numa visão limitada sobre o nosso ser, como dormindo num sono profundo do ego, todas essas afirmações se tornam utópicas de serem compreendidas e experimentadas.

Eu diria:
A forma como você se vê, é a forma pela qual você faz as suas escolhas e consequentemente, tem experimentado sua vida.

Se tiver escolhendo a dor, a raiva, a miséria é dessa forma que viverá. Se escolher o perdão, o amor, a paz é dessa forma que o mundo um dia voltará a viver.

Nessa jornada o homem perdeu a consciência de quem ele é e por isso tem vivido num mundo sem esperança, sem amor, sem unidade e sem paz.

Precisamos despertar à essa nova consciência de quem realmente nós somos. Eu diria que precisamos começar a voltar para casa, que é voltar a escolher a partir de uma nova consciência. Precisamos acordar para essa Nova Era que tem trazido uma nova forma de olhar para si e para o mundo. Uma Era que está nos fazendo ter mais consciência do que temos feito com o planeta a partir do superaquecimento e tantas calamidades e ter mais consciência de nossas escolhas a partir de tantas doenças que temos fomentado a partir de uma consciência limitada.

Pergunto:
Por que temos escolhido a dor para ter consciência?
Quando lembramos de Gandhi que através da não violência libertou uma nação. Martin Luther King que através de um sentimento de igualdade libertou uma raça e muitos outros movimentos tidos como "Grandes Causas".

O que tinham em essência esses movimentos?
Nessa nova visão quântica, podemos olhar esses movimentos numa consciência mais profunda de que somos todos um.

Eu entendo que o que nos faz unos é o amor.
Essa energia que nos faz sermos ilimitados. Para você entender esse amor que nos faz unos, gostaria de lembrar de Maria que exemplificou essa unidade com Jesus seu filho, ao acompanhá-lo na crucificação. Toda sua escolha estava no amor, sem nenhum sentimento de julgamento ou separação. Ela se manteve firme nesse sentimento verdadeiro e puro que a fez unida incondicionalmente ao seu filho.

Minha interpretação para a frase "Fé inabalada move montanhas", é de que somente o amor verdadeiro pode nos fazer mover montanhas. (27-09-2010)

Texto do terapeuta e consultor Marcos Adriano Infantozzi - pandava00@gmail.com



Oração


Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom:
Não fiz fofoca, não perdi a paciência, não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica.
Controlei minha TPM, não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes.
Não comi chocolate.
Também não fiz débitos em meu cartão de crédito e nem dei cheques pré-datados.
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...
Amém! (27-09-2010)