...final feliz da saga
amorosa do príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra e daquela
senhora de meia-idade, Camila Parker sua eterna namorada.
Mensagem do dia 31-01-2008
Não me interesso por reis, nem os do baralho.
Mas como me interesso pelo amor e, principalmente, por histórias de
amor, não pude evitar o envolvimento diante do final feliz da saga
amorosa do príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra e daquela
senhora de meia-idade, Camila Parker sua eterna namorada.
Trinta e quatro anos de amor!
Trinta e quatro anos de dificuldades de toda ordem, imposições da
família real, intrometimentos da igreja, casamentos com pessoas
diferentes, cerimônias espetaculares (o casamento com Lady Di foi um dos
eventos de maior pompa que o mundo já viu), e o amor dos dois lá,
brilhando como a luz do sol.
O romance do feio e desengonçado filho da rainha Elizabeth com a feiosa
Camila tinha fortes raízes eróticas, como mostrou o telefonema gravado
de um diálogo entre os dois ("eu queria ser um tampax").
Não valeu o tempo, não importaram as rugas e as pelancas.
O mundo inteiro, convertido aos mitos de beleza da juventude, torceu
para que ele amasse a formosa Diana.
No entanto, o príncipe desengonçado só amou a sua bruxinha, com aquela
cara amassada e cheia de marcas.
Camila Parker é uma vitória do amor sobre os estereótipos de nosso
tempo.
Será que "boazudas" do cinema inspirariam um amor igual?
Seguramente, não!
Essa inglesa feia, de 57 anos, mostrou às mulheres, as que não são
jovens e as que não são belas...que uma mulher pode ser amada por ela
mesma - e para sempre.
A obsessão pelos corpos sarados, pelas formas perfeitas, pelo estilo
top-model, foi derrotada por esse obstinado romance.
O romantismo ganhou...
E as mulheres tidas como feias também podem sonhar com seu príncipe.
Seja ele príncipe de verdade, ou de fantasia.
Camila Parker, quando subiu ao altar, em cerimônia discreta, deve ter se
sentido a mais linda das noivas...
E certamente, à noite, quando mais uma vez se despiu diante dele, o
príncipe enxergou, não o corpo de uma senhora, mas o corpo esbelto,
juvenil, perfeito que possuem todas as mulheres, de qualquer idade,
quando são amadas.
Texto de Heloneida Studart
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