Dê seu sangue por um projeto de vida, por um
sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir
mais e lhe retribuir jamais.
Mensagem do dia 17-05-2007
Eu não acredito em gnomos.
Eu não acredito em gnomos ou
duendes, mas vampiros existem.
Fique ligado, eles podem estar numa sala
de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um
shopping.
Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem
seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema, quando você
menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este
"mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.
Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e
conhecimento da vida.
Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que
começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança,
sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões.
Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota.
Um belo dia
você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que
foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão
solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.
Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos.
Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e
cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece
para uma conversa, um abraço, uma força. aí ele se revitaliza e bate as
asinhas.
Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo
lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre
colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.
Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um
sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir
mais e lhe retribuir jamais.
Texto de Martha Medeiros
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