Somos, pela maneira de perceber o mundo, seres incompletos.
Vivemos buscando desesperadamente a nossa "metade".
Mensagem do dia 27-06-2007
Somos, pela maneira de perceber o mundo, seres incompletos.
Vivemos buscando desesperadamente a nossa "metade".
Às vezes pensamos ter encontrado e o nosso primeiro desejo é ficar até
que a morte separe.
No início da relação com a nossa "outra metade", ali do lado, nos
sentimos completos e felizes.
Mas muitas vezes, ele resolve ir embora e lá estamos nós partidos,
fragmentados, chorando e cantando como o poeta: "ó pedaço de mim, ó
metade arrancada de mim...
Depois de alguns episódios de fracassos ficamos com a impressão de que
algo está errado.
Começamos, então, a procurar um relacionamento que não nos deixe tão
perdidos ao acabar, porque descobrimos, já não tão surpresos, que sim...
Os relacionamentos acabam!!!
É quando percebemos como é difícil conseguir uma relação rica e
criativa, inteira, sem dependência.
Aí vem a pergunta: o que os homens procuram nas mulheres e as mulheres
procuram nos homens?
Quantas pessoas não se queixam que o casamento não deu certo, que o
namoro não deu certo...
Contam que, apesar de terem se dedicado tanto ao outro, de terem amado,
cuidado e convivido, de repente a outra pessoa simplesmente deixou de
amar.
E se queixam dizendo: "ah, eu investi tanto nessa relação!"
É isso que fazemos.
Investimos nas relações. Investimos como se fosse um negócio.
Agimos como quando colocamos o dinheiro na poupança e esperamos que os
juros aumentem para que o investimento cresça!
Damos amor, fidelidade, sexo, companheirismo, cumplicidade e, quando o
retorno não vem é o caos! O investimento não teve retorno!
Ora, nos negócios existe o risco.
Pode dar certo ou não.
E quando não dá não adianta culpar o mercado ou o corretor.
Trata-se apenas de juntar o que sobrou e reinvestir novamente em outras
condições, ou sair à francesa, retirar-se do mercado por um tempo, pra
evitar maiores prejuízos!
O amor, entretanto, não é um mercado.
Amamos para amar ou para ser amados?
Para as duas coisas, você diria...
Mas, na verdade, a gente só pode se responsabilizar pelo nosso
sentimento, nunca o do outro.
Mas, já que amamos e estamos sempre procurando um jeito de misturar a
nossa vida com a de alguém... O que se diz nesse momento é: siga em
frente e seja feliz.
Nunca um adeus dolorido vai ser pior do que um ficar por ficar!
Texto de Clotilde Tavares
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