Usem as cores, rabisquem, desenhem, pintem...
Ouçam música, dancem, cantem, dramatizem, declamem...
E para os que pensam que isto é poesia...
Eu diria: Isto é tudo o que precisamos aprender...
Mensagem do dia 02-02-2009
Quase tudo passa... apenas o essencial permanece!
...o alimento ao faminto, o conforto à alma, a esperança colorida ao
desesperado, o sorriso ao triste, o doce ao amargo, a mão solidária ao
necessitado, o olhar amigo ao irmão descrente... Provavelmente, após
algum tempo o faminto não mais se lembrará de quem o alimentou... a alma
reconfortada não mais se recordará com riquezas de detalhes das
palavras que lhe confortaram... o triste não mais saberá descrever com
exatidão o formato do rosto que lhe sorriu...
Mas, com certeza o essencial permanecerá: a consciência – o significado
profundo que curou aquilo que o fazia sofrer!
Pois a cura não é o gesto em si, mas o que está além dele: um fio tênue,
profundamente luminoso e interligado por um ínfimo espaço existente
entre dois seres.
Quando o ser profundo de uma pessoa encontra-se com o ser profundo de
outra, na medida exata, numa combinação perfeita de elementos,
fecunda-se o fluxo incessante da vida.
Essa experiência de poder altamente abstrato e que chamo de “a química
da cura”, não é privilégio de práticas, teorias, títulos, ideologias,
filosofias, religiões... mas, de uma forma especial de se relacionar, de
uma mistura demasiadamente espontânea, completamente desprovida de
preconceitos, conceitos e julgamentos.
Deixa-se apenas misturar: as diferenças, a igualdade, a nudez de cada
ser... sem a priori, na dimensão sublime do eu e do outro, em
qualquer forma de relacionamento, pois estou falando de existências, de
seres sublimes, e tudo o que está em seu âmbito, é sempre de muita
profundidade.
Fios atados, desatados, entrelaçados, embaraçados, ligam-se, invisíveis
aos olhos, mas visíveis à alma. E o processo terapêutico não é
diferente, posto que a cada encontro, a cada movimento, se estabelece
uma relação, uma possibilidade de se alcançar os níveis mais profundos
do ser o que se É.
Agora, se os encontros continuam acontecendo a cada momento, a cada
medida em nossas vidas e a cura daquilo que dói ainda não aconteceu na
dose certa às nossas dores, é porque ainda não aprendemos a morrer para
as coisas sem importância e a nascer para as coisas que realmente nos
são essenciais e que permanecerão para sempre!
E aos que ainda caminham em direção aos encontros... se eu pudesse
recomendar algo, este algo seria:
Escrevam poemas, cartas de amor, leiam coisas bacanas...
Usem as cores, rabisquem, desenhem, pintem...
Ouçam música, dancem, cantem, dramatizem, declamem...
E para os que pensam que isto é poesia...
Eu diria: Isto é tudo o que precisamos aprender... Cíntia Jubé - Psicóloga – Analista – Pós Graduada em Saúde Mental – Pós Graduada em Psicossomática -
Mensagem do Dia Ana Maria Braga
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